Universidade de São Paulo
Departamento de Linguística
Programa de Pós-Graduação
em Semiótica e Linguística Geral
Livros
(Página em construção)
Epistemologia Discursiva
A Semiologia de Saussure e a Semiótica de Greimas como terceira via do conhecimento.
ed. SÃO PAULO:: HUMANITAS - USP, 2020.
O livro propõe a tese de uma epistemologia discursiva: o mundo não está dado previamente. Resulta da vasta operação estrutural na imanência dos discursos, pela qual o saber do homem se faz em todos os segmentos, científicos ou filosóficos, realistas ou transcendentais.
O presente estudo é uma sistematização concertada de argumentos aqui dispostos, em uma sequência de capítulos, elaborada de modo a justificar e demonstrar basicamente duas ideias centrais: - a Semiologia de Ferdinand de Saussure e a Semiótica de Algirdas Julien Greimas, que a evoluiu, detêm vocação e estatuto de verdadeira epistemologia discursiva (ou linguageira) do conhecimento do mundo e de si pelo homem, epistemologia de cunho “imanente” à linguagem, em condições de rivalizar com outras epistemologias ambientes; - o conceito de semiocepção, deduzido diretamente da Semiologia, será pleiteado e defendido como a poder rivalizar com o milenar conceito de percepção, com o recente conceito de enação (Francisco Varela) e com demais entendimentos neurobiológicos ou neurocientíficos, atuais, sobre o modo de captação do real do mundo pelo homem, entendimentos que o estudo propõe chamá-los neurocepção.
Inconsciente et Verbum: Psicanálise, Semiótica, Ciência, Estrutura.
3ª ed. SÃO PAULO:: FFLCH - USP, 2024.
Trata-se de um estudo pioneiro no campo da semiótica europeia e da psicanálise freudo-lacaniana, elaborado no final dos anos 1980 e concluído em inícios dos anos 1990. O estudo pretendeu estabelecer argumentos robustos para defender uma abertura de diálogos entre semiótica e psicanálise, argumentos inspirados no vigoroso gesto de Lacan, ao abrir sua psicanálise para o campo da linguística, nos anos 1950, e tomar deste campo o impulso decisivo para uma revisão integral da psicanálise freudiana – ao que chamou de retorno a Freud – sob a bandeira de duas teses fundamentais: (i) a linguagem como condição do inconsciente; (ii) o inconsciente estruturado como linguagem. Convicção, petição de princípio, ou excessiva esperança, o alento que moveu este estudo de interface é que possam ganhar, no fim e ao cabo, o inconsciente et verbum.