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Livros

Inconsciente et Verbum: Psicanálise, Semiótica, Ciência, Estrutura

São Paulo: FFLCH - USP, 3ª edição, 2024.

Trata-se de um estudo pioneiro no campo da semiótica europeia e da psicanálise freudo-lacaniana, elaborado no final dos anos 1980 e concluído em inícios dos anos 1990. O estudo pretendeu estabelecer argumentos robustos para defender uma abertura de diálogos entre semiótica e psicanálise, argumentos inspirados no vigoroso gesto de Lacan, ao abrir sua psicanálise para o campo da linguística, nos anos 1950,  e tomar deste campo o impulso decisivo para uma revisão integral da psicanálise freudiana – ao que chamou de retorno a Freud – sob a bandeira de duas teses fundamentais: (i) a linguagem como condição do inconsciente; (ii) o inconsciente estruturado como linguagem. Convicção, petição de princípio, ou excessiva esperança, o alento que moveu este estudo de interface é que possam ganhar, no fim e ao cabo, o inconsciente et verbum. 

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Epistemologia Discursiva: a semiologia de Saussure e a semiótica de Greimas como terceira via do conhecimento

São Paulo: Humanitas FFLCH - USP, 1ª edição, 2020.

O presente estudo é uma sistematização concertada de argumentos aqui dispostos, em uma sequência de capítulos, elaborada de modo a justificar e demonstrar basicamente duas ideias centrais: - a Semiologia de Ferdinand de Saussure e a Semiótica de Algirdas Julien Greimas, que a evoluiu, detêm vocação e estatuto de verdadeira epistemologia discursiva (ou linguageira) do conhecimento do mundo e de si pelo homem, epistemologia de cunho “imanente” à linguagem, em condições de rivalizar com outras epistemologias ambientes; - o conceito de semiocepção, deduzido diretamente da Semiologia, será pleiteado e defendido como a poder rivalizar com o milenar conceito de percepção, com o recente conceito de enação (Francisco Varela) e com demais entendimentos neurobiológicos ou neurocientíficos, atuais, sobre o modo de captação do real do mundo pelo homem, entendimentos que o estudo propõe chamá-los neurocepção.

La sémiologie de Saussure et la sémiotique de Greimas comme èpistémologie discursive. Une troisième voie pour la connaissance

Limonges: Editora Lambert-Lucas, 1ª edição, 2017.

Dois caminhos acadêmicos dominam a epistemologia, liderando, coordenando e subjugando a imaginação dos pesquisadores: o caminho científico da física e da biologia e o caminho filosófico governado pela Razão. O caminho científico pode ser chamado de "realista": ele considera a realidade como algo que já existe, cujas estruturas estão esperando para serem descobertas, como se por um "truque da Natureza" ela estivesse escondendo de nós sua verdade profunda. O caminho filosófico, de ordem transcendental, vê no mundo uma construção do sujeito, como que por um “truque da Razão”, esta só revelando com o passar do tempo as fontes cognitivas do conhecimento do mundo.


Inspirado no pensamento de Saussure veiculado por Greimas sob os nomes respectivos de semiologia e semiótica, o presente trabalho tenta abrir um terceiro caminho epistemológico, o caminho discursivo, o caminho da linguagem construtiva única de todo conhecimento, seja ele qual for. ciência ou filosofia.


Um caminho que não é realista nem transcendental, mas imanente, para o qual as realidades e verdades do mundo são “truques da Enunciação”. Por meio de um complexo maquinário semântico-sintático, as línguas constroem “racionalidades discursivas”, algumas das quais prevalecem sobre outras e as sucederão ao longo da história. Evitando tanto o realismo ingênuo da ciência quanto o subjetivismo abstrato da filosofia, a “epistemologia discursiva” não pressupõe um mundo dado de antemão. Para ela, o mundo resulta de uma vasta operação significante da qual participam todos os discursos e da qual a humanidade extrai todo o seu conhecimento.

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Semióticas Sincréticas: posições. A linguagem do cinema

São Paulo: Editora AnnaBlume, 1ª edição, 2015.

​Assim, ao invés de lançarmo-nos diretamente à descrição do plano da expressão do cinema, preferimos guiar a reflexão na direção de dois temas: (a) discutir algumas posições metodológicas que, segundo nossa interpretação, um estudo semiótico deve tomar por relação aos outros modos de abordagem do cinema (da crítica cinematográfica, da semiologia, da psicanálise); (b) propor um modelo hipotético do modo de presença, de interação e de funcionamento dos vários códigos no interior das linguagens complexas (o cinema sendo, no caso, o objeto referencial). Tal modelo, procurando localizar-se na instância de manifestação, deve ser capaz de explicar a imbricação dos códigos intervenientes, não num modo intuitivo, tal uma ‘fusão', ‘amálgama', ‘simbiose', ou coisa mítica congênere, que o valha. Mas ao modo de uma sincretização de funções manifestantes, uma sincretização de “funções semióticas” (Hjelmslev) que, por isso mesmo, pode ser capaz de definir o cinema, de maneira mais precisa, como uma d entre as semióticas sincréticas.

Inconsciente & Sentido. Ensaios de interface entre psicanálise, linguística e semiótica

São Paulo: Editora AnnaBlume , 2ª edição, 2014.

Nestes ensaios, agora reeditados pela AnnaBlume na coleção Ato psicanalítico, Waldir Beividas pretende a reativação, entre Psicanálise e Linguística, do diálogo apregoado vivamente por Lacan, no século passado, e prestes ao abandono no novo século por seus discípulos. Tal abandono induz a um divórcio entre a coisa freudiana, o inconsciente, e o fundamento da linguagem, o sentido. A retomada do diálogo amplia o a uma das teorias saídas da linguística saussuriana, a semiótica europeia. O leitor verá discutidas questões de ciência, de método, de estilo, a situação da psicanálise perante paradigmas neurocientíficos de hoje. Verá repensados conceitos como significante, associação livre, transferência, entre outros, sob o mesmo fundo de tensão entre inconsciente e sentido.

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Inconsciente & Sentido. Ensaios de interface entre psicanálise, linguística e semiótica

São Paulo: Editora AnnaBlume , 1ª edição, 2009.

Estes ensaios pretendem a reativação, entre psicanálise e linguística, do diálogo apregoado vivamente por Lacan, no século passado, e prestes ao abandono no novo século por discípulos. Tal abandono induz a um divórcio entre a coisa freudiana, o inconsciente, e o fundamento da linguagem, o sentido. A retomada do diálogo amplia-o a uma das teorias saídas da linguística saussuriana, a semiótica europeia. O leitor verá discutidas questões de ciência, de método, de estilo, a situação da psicanálise perante paradigmas neurocientistas de hoje, verá repensados conceitos como os de significante, associação livre, transferência, entre outros, sob o mesmo fundo de tensão entre inconsciente e sentido.

Inconsciente et Verbum: Psicanálise, Semiótica, Ciência, Estrutura

São Paulo: FFLCH - USP, 2ª edição, 2002.

O estudo procura criar uma interface entre duas disciplinas, a psicanálise e a semiótica (européia), no que se refere às leis de linguagem do inconsciente, a partir do que Freud anteviu e Lacan promoveu. Dividido em três movimentos, o estudo discute o modo como a psicanálise se põe perante a ciência, suas dificuldades e preconceitos frente a esta; propõe uma nova opção de cientificidade a habitar a metodologia de manuseio dos conceitos; discute a situação em que Lacan deixou a psicanálise frente à linguística; critica o modo como seus discípulos conduzem atualmente o campo psicanalítico, sob uma excessiva transferência ao estilo do mestre francês, e lança, por fim, hipóteses de comparação entre conceitos da psicanálise e da semiótica.

Inconsciente et Verbum: Psicanálise, Semiótica, Ciência, Estrutura

São Paulo: Humanitas FFLCH - USP, 2ª edição, 2002.

As hipóteses de Freud aconteceram antes da imensa revolução da física quântica, da biologia molecular, da genômica, revolução não bem absorvida nem mesmo ainda no próprio campo dessas ciências. As hipóteses de Lacan surgiram nos anos 50, antes do imenso desenvolvimento das ciências computacionais, capazes de modelizar e reproduzir os fenômenos mais vários da natureza e das linguagens, no virtual das máquinas. Quando vemos a década de 90 encaminhar-se para um naturalismo materialista forte, para a neurobiologia, para os cognitivismos, para as neurociências, é de se perguntar se não estaríamos à beira de um novo paradigma do conhecimento humano, uma episteme naturalista a substituir o paradigma simbólico ou semiótico inaugurado com a linguística e filosofias da linguagem da primeira metade do século que se foi.

 

É de se perguntar se não estamos vivendo uma época equivalente à pós newtoniana, de profunda reviravolta na maneira de pensar os fenômenos. As teses freudianas e lacanianas sobreviverão à rápida evolução das ciências de hoje? Difícil responder. Mas se considerarmos que suas hipóteses têm chance de ser aprimoradas, mesmo no interior do paradigma semiótico, por que não tentá-lo? Se pensarmos que o sujeito falante, sujeito paciente, ou antes, o discurso (mítico) do falante ou do paciente psicanalítico - alvo da indagação semiótica e psicanalítica - vive e viverá por muito tempo à margem dos avanços científicos, à margem das explicações científicas, e por isso mesmo com o imaginário envolto em leituras patêmicas, se não 'patéticas', da sua vida, com o corpo preso aos sintomas decorrentes, então qualquer tentativa de aprimoramento de tais hipóteses vale a pena.

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Inconsciente et Verbum: Psicanálise, Semiótica, Ciência, Estrutura

São Paulo: Humanitas  FFLCH - USP, 1ª edição, 2000.

O estudo procura criar uma interface entre duas disciplinas, a psicanálise e a semiótica (europeia), no que se refere às leis de linguagem do inconsciente, a partir do que Freud anteviu e Lacan promoveu. Dividido em três movimentos, o estudo discute o modo como a psicanálise se põe perante a ciência, suas dificuldades e preconceitos frente a esta; propõe uma nova opção de cientificidade a habitar a metodologia de manuseio dos conceitos; discute a situação em que Lacan deixou a psicanálise frente à linguística; critica o modo como seus discípulos conduzem atualmente o campo psicanalítico, sob uma excessiva transferência ao estilo do mestre francês, e lança, por fim, hipóteses de comparação entre conceitos da psicanálise e da semiótica.

© 2023 criado por Juliana Beividas

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