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Artigos

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A linguagem faz o cérebro. Mente semiologal em cérebro neuronal

CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, v. 15, n. 2, p. 149-169, 2022.

O artigo procura avançar argumentos teóricos para interpor “razões semiologais” da linguagem humana na construção e concepção do mundo, perante “explicações causais” dessa construção pela legião de neurônios do cérebro humano, provenientes das neurociências. Principia com reflexões sobre o conceito de “semiocepção” e implicações que pode gerar, no ambiente atual das interfaces da semiótica com a filosofia fenomenológica, perante o conceito de “percepção”, implicações que vêm induzindo a uma viragem fenomenológica da teoria semiótica em grande parte da reflexão de alguns pesquisadores. Em seguida, levanta inevitáveis confrontações que o conceito de semiocepção está destinado a ter com as neurociências, para as quais o cérebro neuronal detém o comando geral da concepção do mundo pelo homem – ao que chamo “neurocepção” – o que se traduz atualmente em forte pressão biológica, naturalista, materialista ou neurocientista, que o campo semiótico recebe, e se vê solicitado a discutir, de vez que tais proposições neurobiológicas da mente humana tangenciam de perto a emergência e a natureza do sentido (humano), tema crucial que vem desafiando a teoria semiótica desde suas origens.

Un modelo catenario y tensivo para la estructura del cuadrado semiótico: salir de Aristóteles

Tópicos del Seminario, Claude Zilberberg: la semiótica tensiva, núm. 46, pp. 101-117, julio-diciembre 2021.

Posto que o gradual vem primeiro, o categórico é obtido suspendendo os termos catenários e conservando os termos extremos, diz Zilberberg (1981, p. 10). A catenária é a figura geométrica que designa a forma curva assumida por um cabo suspenso pelas suas extremidades e submetido ao seu próprio peso. Essa figura será explorada aqui com o objetivo de inaugurar duas teorias: a) sobreposta ao grafo tensivo [∟] proposto por Zilberberg, requer um segundo grafo, espelhado, invertido, duplicando assim o gradiente de tensividade para acomodar os dois polos categóricos S1 e S2 do quadrado semiótico, que, dessa forma, “se tensivisa”; b) o diagrama catenário autoriza um modelo tensivo de articulação semiótica da linguagem fora da lógica aristotélica do quadrado semiótico, possibilitando sua superação, ou seja, permitindo à semiótica “sair de Aristóteles”.

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A paixão do Entusiasmo, em Diana Luz Pessoa de Barros. Elucubrações semio-patafísicas

Revista Entrepalavras, v.10, p.102-112, 2020.

Este texto de homenagem à nossa sempre mestra e guia teórica, Diana Luz Pessoa de Barros, pretende indicar breves pistas de estudos semióticos sobre a paixão do entusiasmo, tomando por inspiração a fina análise modal que Greimas fizera sobre a paixão da cólera, nos anos 1980, mas, desta feita, advertida quanto aos movimentos tensivos da semiótica de Zilberberg. A ideia foi mostrar que o estilo de pesquisa e de atitude teórico-acadêmica de Diana está balizado numa verdadeira paixão de entusiasmo, intenso, perante as ações de si própria e perante as ações do outro. Num segundo movimento do texto, a homenagem utiliza expedientes da ciência patafísica de Alfred Jarry para tecer certas elucubrações sobre onomástica, aplicada às quatro grandezas que definem o nome da homenageada: Diana, Luz, Pessoa, Barros.

La nature du sens : Neuroception, perception ou sémioception ?

Semiotica - Journal of the International Association for Semiotic Studies / Revue de l'Association Internationale de Sémiotique

Volume 2020 Issue 234 - Points aveugles et points borgnes: Quelques réflexions sur l'innovation en sémiotique; Guest Editors: Stéphanie Walsh Matthews, Louis Hébert, Éric Trudel, Thomas Broden, Sémir Badir & Pascal Michelucci

A teoria semiótica desenvolveu-se como uma teoria da produção do sentido e sua manifestação em várias práticas humanas. Ultimamente, tem sido solicitada a dar conta da emergência do sentido, de sua natureza. Para a filosofia de Merleau-Ponty, esse ponto de origem é dado na percepção, como o primeiro terreno onde o sentido brota. A percepção detém a primazia da construção do mundo significante para o homem. Nas ciências naturais, a neurociência aponta para o cérebro, especificamente o equipamento neuronal que temos como humanos, como a sede da criação do sentido. Nosso conhecimento do mundo viria de uma "neurocepção", neologismo inevitável para dar-lhe uma semelhança familiar com a da "percepção". Diante dessas duas posições teóricas, podemos em semiótica e linguística oferecer e defender a hipótese de que nosso conhecimento do mundo é peremptoriamente gerado nas malhas das linguagens. Uma operação de "semiocepção", baseada no ato semiológico arbitrário das linguagens, controla a própria percepção humana, com antecedência. Não é o cérebro que “faz a mente”, mas sim a linguagem que “faz o cérebro humano”.

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Psicanálise e Semiótica: situação em 2020

Estudos Semióticos (USP). V. 16 N. 1 (2020): Dossiê Temático "Semiótica e Psicanálise"

Descrevo neste texto como se apresenta atualmente, a meu ver, a situação de interface entre a psicanálise de S. Freud e de J. Lacan e a semiótica europeia de A. J. Greimas. Centro a atenção em como a interface teve inícios, nos anos 1960, em decorrência da abertura da psicanálise, por Lacan, para o campo estruturalista da linguística de F. de Saussure, nos anos 1950. Registro alguns tópicos desenvolvidos na interface: (i) a questão do conceito de significante, por Lacan, com o intento de mais bem ajustá-lo frente ao sentido, significado, significação, efeitos de sentido; (ii) a questão do conceito de pulsão, na tentativa de melhor arranjo dos seus desdobramentos em patologias e nas paixões humanas, a desenhar um percurso gerativo da subjetividade inconsciente; (iii) o conceito freudiano de transferência, enfatizado por Lacan como sujeito-suposto-saber, e minha leitura dele, para ampliação de suas incidências, com o recurso da teoria semiótica das modalizações sintáxicas do discurso. A finalidade geral do texto não é outra senão evitar que a interface esmoreça, pois que imperativa, quando o que está em jogo é o desafio do melhor conhecimento possível sobre os difíceis meandros por onde flui a subjetividade humana.

Bases freudianas para uma abordagem discursiva do afeto

Tiago Ravanello, Waldir Beividas e Flávia Milanez

Psicologia em Revista v. 24 n. 3 (2018).

Artigo em coautoria no qual nos dedicamos a interceptar mais diretamente a relação entre afeto e linguagem nas bases do campo freudiano. Buscamos delinear características inerentes à consideração destes e sua mútua implicação e elencar pontos de apoio para a questão da discursivização do afeto em Freud. No entanto, nosso objetivo principal não é a delimitação de uma abordagem freudiana do afeto, mas, destacar bases que apontem à pertinência da retomada do conceito de afeto no interior de uma discussão rigorosa sobre a linguagem, e apresentar brevemente alguns obstáculos que poderiam impossibilitar o diálogo entre a psicanálise e as teorias da linguagem. Para tanto, fazemos um breve trajeto para delimitar duas possíveis maneiras de abordagem para o conceito de afeto, a quantitativa e a metafórica, a partir do estudo de obras freudianas e seus críticos.

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Sémiotique et psychanalyse : L’univers thymique comme enjeu

Langages - Le dialogue entre la sémiotique structurale et les sciences

v.213, p.55-65, 1/2019.

Este texto se dirige ao campo da semiótica de Greimas e da psicanálise de Freud e Lacan. O objetivo do texto é, por um lado, mostrar as dificuldades de um diálogo e de uma busca de interface entre esses dois domínios de sentido e do psiquismo humano e, por outro lado, indicar algumas sugestões teóricas e táticas para superá-los. A partir do momento em que Lacan elaborou a célebre tese segundo a qual o inconsciente está "estruturado como uma linguagem" - o que indicava, segundo ele, o verdadeiro sentido de um "retorno a Freud" -, esta tese construiu uma ponte heurística e legítima para estudos comuns entre o campo da linguagem e o do inconsciente, entre as paixões (o coração da semiótica dos afetos) e as pulsões (o coração da psicanálise do inconsciente).

Um modelo catenário e tensivo para a estrutura do quadrado semiótico

Estudos Semióticos (USP), V. 15, P.39-53, 2019

Edição Especial em Homenagem a Claude Zilberberg

Este artigo visa explorar uma sugestão de Zilberberg, quando, numa reflexão en passant, propunha que “o categórico pressupõe o gradual que o funda” e que “o categórico é obtido pela suspensão dos termos catenários e conservação dos termos extremos” (1981, p. 10). Catenária – do latim catena [cadeia] – é definida em dicionário como uma curva na qual pende, sob a influência de seu próprio peso, um fio suspenso pelas extremidades. Essa figura geométrica permite “espelhar” o gradiente de tensividade – figura de um L, eixo intensivo na vertical e eixo extensivo na horizontal – acoplado a seu espelho, um L invertido (⅃), um segundo eixo intensivo e extensivo. O primeiro L responderia pela “tonicidade” (na verticalidade intensiva) e sua “degradação” (na horizontalidade extensiva) do termo primeiro (S1); o L invertido (⅃) responderia pela tonicidade e degradação do termo segundo (S2). Em suma, duplica-se o gradiente tensivo para acolher os dois termos categoriais do quadrado semiótico que, assim, se “tensivisa”.

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Para uma Concepção Discursiva dos Afetos: Lacan e a Semiótica Tensiva

Tiago Ravanello, Waldir Beividas e Christian Ingo Lenz Dunker

Psicologia: Ciência e Profissão - Publicação de: Conselho Federal de Psicologia

 Volume: 38, Número: 1, Páginas 172-185, 2018

Escrito em coautoria, esse artigo busca apresentar como determinadas teses gerais de Lacan sobre a linguagem podem também nos fornecer e corroborar elementos para uma abordagem discursiva do afeto como alternativa aos projetos de sua redução biológica. O procedimento realizado foi operar um diálogo entre a teoria lacaniana do significante e a semiótica tensiva para, a partir dos conceitos psicanalíticos de sujeito e Outro, e os semióticos de intensidade e extensidade, delimitar diretrizes para reposicionar o afeto, em sentido restrito, e o ponto de vista econômico, em sentido amplo. Como resultado, defende uma releitura no campo lacaniano do conceito de afeto enquanto engajamento, na qual o significante atua em termos de uma semiose que instaura formas de relação entre corpo, sujeito e linguagem sem necessidade de lançar mão de referentes biológicos.

Potencialidades da narrativa greimasiana

Luiz Tatit e Waldir Beividas

Estudos Semióticos (USP), V. 14, N. 1, P.45-54, 2018

Edição Especial em Homenagem ao Centenário de A. J. Greimas - parte II

Epicentro das reflexões da semiótica de Algirdas Julien Greimas, desde sua origem, a narratividade é investigada aqui em três direções propositivas: (i) compreender a tensividade implícita no modelo narrativo greimasiano, a partir das propostas heurísticas de Claude Zilberberg; (ii) incorporar à narratividade – concebida como antropologia do imaginário humano – o regime tímico-pulsional, defendido por Jean Petitot; (iii) sugerir a entrada da semiótica no debate sobre as “grandes narrativas da antropogênese” – narrativas científico evolucionistas sobre a espécie humana, narrativas humanistas da “exceção humana”, narrativas fenomenológicas da “diferença antropológica” – para instruir tal debate com a proposta de uma narrativa semiótica que ponha em evidência a presença e a ação da linguagem na antropogênese.

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Une narratologie sémiotique de l’anthropogenèse (A semiotic narratology of anthropogenesis)

Waldir Beividas

Dilbilim Dergisi - Journal of Linguistics. , v.1, 57-67, 2018.

Para enfatizar a força teórica do modelo narrativo da semiótica de Greimas, em homenagem aos cinquenta anos de sua Sémantique Structurale (1966), este texto apresenta breves reflexões sobre duas de suas potencialidades ainda pouco exploradas pelos semióticos, seus seguidores. É o status de "antropologia do imaginário humano", imaginário como "carne" e não como "cognição" (Petitot), a ser explorado em dois aspectos: (i) o aspecto "pulsional" para o regime "tímico" da narratividade; (ii) o aspecto de uma "narrativa semiótica" entrando no horizonte da antropologia, no amplo debate sobre as grandes narrativas da antropogênese.

La Sémiotique de Greimas: une épistémologie (discursive) immanente.

Semiotica - Journal of the International Association for Semiotic Studies / Revue de l'Association Internationale de Sémiotique

Volume 2017 Issue 219, 55-74. - ISSN: 1613-3692.

O conceito de imanência ocupa hoje um lugar central e, ao mesmo tempo, desconfortável entre os semióticos. Alguns criticam abertamente, outros sentem que o conceito cumpriu seu papel como regulador metodológico de descrições e seu escopo que deve ser ampliado de modo a integrar contexto, práticas, interações, enfim, a experiência humana. Este trabalho apresenta imanência através de outra luz. De acordo com o Prolegômenos de Hjelmslev, depois de ter suspendido dados transcendentes em nome da imanência metodológica - como "o preço que tinha que ser pago para extrair da própria linguagem seu segredo" - "imanência e transcendência são unidas em uma unidade superior na base da imanência." Do nível metodológico, avançamos para o nível epistemológico do conhecimento, cuja tese principal condensa seu alcance: a linguagem é a forma pela qual concebemos o mundo. Greimas também possui formulações piercing nesse sentido. Abraça a metodologia imanente e apresenta sua semiótica como epistemologia imanente do conhecimento. Nesse sentido, ele propõe que a ciência em sua totalidade é uma linguagem única, onde as ciências naturais operam no plano da expressão e as humanidades operam no plano do conteúdo dessa macrolinguagem.

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Potencialidades de la narrativa greimasiana

Waldir Beividas & Luiz Tatit

Topicos del Seminario, v.37, 49-72. e-ISSN 2594-0619, 2017.

Em honra do espírito científico de Greimas, que concebia a teoria semiótica como um processo em constante construção graças à inerente atividade meta-semiótica que a anima, este volume reúne reflexões atuais de semiotistas latino-americanos sobre o princípio da narratividade. Para examinar em todo seu alcance o valor heurístico deste princípio, se realiza um percurso desde suas origens histórico-epistemológicos, passando pelo grande desenvolvimento do qual gozou e pelo qual teve lugar a projeção da semiótica como uma possível metodologia para as ciências sociais, até a semiótica contemporânea, que é chamada a consolidar a sua própria identidade disciplinar e a dar respostas às diferentes formas que o significado adquiriu nos últimos tempos.

Uma via indireta para a abordagem do afeto: libido, gozo, pulsão escópica

Tiago Ravanello, Christian Ingo Lenz Dunker & Waldir Beividas

Tempo Psicanalítico

Volume 49.1, 9-36. ISSN 0101-4838, 2017.

O artigo visa o exame de determinadas passagens da obra lacaniana nas quais, mesmo que por vias indiretas, venha a ser possível derivar pontos de auxílio para a questão de uma abordagem discursiva do afeto. Nesse sentido, interessa-nos delimitar a abertura feita para a pregnância da linguagem por sobre os domínios da vertente quantitativa, até então incontestes, na determinação de elementos ligados à metapsicologia freudiana. Assim, defendemos que a dimensão na qual o econômico é tratado na teoria lacaniana, uma vez que lhe é retirado o substrato energético, é diretamente submetida à linguagem e seu vínculo com o campo do Outro e, dessa forma, a partir do seminário 11, destacar uma abordagem de cunho não energético da pulsão. Em suma, nossa intenção é reafirmar que o deslocamento operado por Lacan da ordem de análise de uma suposta base natural para as estruturas de linguagem resultou tanto na produção de boa parte de seus conceitos principais, como também na constituição de um novo projeto epistemológico no campo psicanalítico. Tal abordagem da teoria e clínica psicanalítica implica, portanto, numa dimensão para além do saber, e que está na base de sua abordagem do sujeito e de sua economia.

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Zoosémiotique et anthroposémiotique: une rupture abyssale 

Nuovi Quaderni del Circolo Semiologico Siciliano

Número 1, 237-246. ISBN 978-88-97035-26-8, 2017.

Semiotizar o animal – contá-lo, dizê-lo, representá-lo, pensá-lo, torná-lo objeto de ciência e de conhecimento – é gerir uma política do limiar inseguro: aquele que o separa, mais ou menos obstinadamente, do homem. Garantindo agora uma autonomia supostamente natural, portanto aparentemente livre de implicações ético-políticas. Sofrendo agora as contínuas incursões, em múltiplos níveis e com diferentes intensidades, do homem-animal.

A semiótica, ciência dos sistemas e processos de significação, não escapa a este quiasma, que já desde as suas primeiras estratégias de investigação incluiu entre os seus objetivos fundacionais a questão das linguagens das diferentes espécies animais. Foi a zoossemiótica que, por força das circunstâncias, se viu abraçando um paradigma de investigação cientificista e naturalista, garantindo que as línguas dos humanos fossem distinguidas das dos não-humanos.

Pesquisas recentes no campo da antropologia da natureza e da sociologia da ciência permitem-nos repensar a questão zoosemiótica de uma forma diferente. Em vez de lidar com uma suposta linguagem natural dos animais não humanos, apostando na sua consciência reflexiva, poderia ser mais propício, para uma semiótica como estudo das formas de significado humano e social, trabalhar o seu discurso, portanto, o interações eficazes e altamente comunicativas e científicas, bem como práticas e funcionais, entre humanos e não humanos. Que, voluntária ou involuntariamente, constituem-se mutuamente, revendo constantemente aquele limiar inseguro que, separando-os, mantém-nos unidos.

A Semiologia de Saussure como Epistemologia do Conhecimento

Revista de Estudos da Linguagem UFMG

Volume 24.1, 35-64. ISSN 0104-0588, 2016.

Este texto apresenta argumentos para demonstrar a hipótese ampla de que o princípio de arbitrariedade do signo linguístico de Ferdinand de Saussure, tomado em sua radicalidade, e a proposição da Semiologia, disciplina a examinar em todas as suas consequências a presença e inserção do signo na vida humana, deixam entrever uma singular epistemologia discursiva. Os objetivos imediatos deste artigo procuram obter os primeiros resultados parciais: a demonstração da radicalidade do princípio saussuriano perante leituras que a minimizaram, senão tentaram neutralizá-la e a demonstração de que o ato semiológico dele derivado é mais que ato comunicativo de linguagem. É coerção inelutável da nossa apreensão e percepção do mundo. A metodologia seguida no raciocínio é inspirada nas reflexões epistemológicas do matemático R. Thom: a da estimulação da intuição na busca de novas simetrias implícitas escondidas nos fenômenos e ainda não conceptualizadas no campo geral da disciplina a que se submete. No presente caso, trata-se da busca da nova potencialidade epistemológica da ciência semiológica de Saussure.

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La sémioception et le pulsionnel en sémiotique. Pour l’homogénéisation de l’univers thymique

Actes sémiotiques (en ligne)

Volume 119, 1 - 17, 2017.

La sémiotique se réclame depuis ses origines greimassiennes d’une vocation scientifique et collective. Le prix à payer, c’est la persistance dans la vigilance, c’est de se tenir, disaient les auteurs de Sémiotique des passions, en permanence aux aguets de ses propres lacunes et défaillances afin de les combler, de les rectifier, de repérer les « boîtes noires » que toute théorie laisse derrière elle, une fois choisi un chemin face aux effets « étranges et retentissants » du sens, pour reprendre une expression de Greimas dans De l’Imperfection1 . Voilà donc la vertu majeure : savoir rester toujours en construction. Or cette construction, et le progrès qu’on peut en espérer, ne sont pas affaire de simple application des modèles déjà proposés mais un travail de pensée. Dès lors devient inéluctable l’implication du sujet de la recherche, avec ses convictions, son degré de compréhension et ses difficultés, ses insuffisances, ses hésitations. En somme, c’est toute son épistémè de formation déjà acquise qui se voit impliquée, entre fascination et déception. Lui aussi est un sujet « inquiet », tout autant que celui que la théorie cherche à décrire.

Artigos anteriores a 2016

2015. A semiótica tensiva. Uma teoria imanente do afeto [Tensive semiotics. An immanent theory of affect]. CASA – Cadernos de Semiótica Aplicada. (Araraquara), v.13, 43-86 http://seer.fclar.unesp.br/casa/article/view/7607/5436

 

2015. A teoria da linguagem de Hjelmslev: uma epistemologia imanente do conhecimento [Hjelmslev's theory of language: an immanent epistemology of knowledge]. Estudos Semióticos (USP). , v.11, 1-10

http://www.revistas.usp.br/esse/article/view/103769/103467

 

2015. L’immanence sémiotique : perception ou sémioception ? [Semiotic immanence: perception or semioception]. Metodo. International Studies In Phenomenology and Philosophy. v.3, 165-184

https://metodo-rivista.eu/pub-137528

 

2014. Una epistemología discursiva en construcción: la teoria semiótica inmanente entre la percepción y la semiocepción [A discursive epistemology under construction: the immanent semiotic theory between perception and semioception]. Topicos del Seminario, v.31, 139- 159 https://topicosdelseminario.buap.mx/index.php/topsem/article/view/34/29

 

2013. Sur l'épistémologie du Résumé : pas de philosophie sans linguistique [On the epistemology of the Resume: no philosophy without linguistics]. Janus - Quaderni del circolo glossematico , v.1, 163-175. ISBN 978-88-96600-70-2. https://studylibfr.com/doc/4509998/beividas--waldir.-sur-l-%C3%A9pist%C3%A9mologie- du-r%C3%A9sum%C3%A9

 

2012. O lugar do sincretismo nas semióticas multicódicas [The place of syncretism in multicode semiotics]. CASA – Cadernos de Semiótica Aplicada (Araraquara). , v.10, 1-12 http://seer.fclar.unesp.br/casa/article/view/5571

 

2010. & Ravanello, Tiago. Entre paixão, pulsão e corpo: reflexões epistemológicas para o diálogo sobre os fenômenos afetivos [Between passion, drive and body: epistemological reflections for a dialogue on affective phenomena]. CASA- Cadernos de Semiótica Aplicada (Araraquara). v.8, 82-95 https://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/3375/3098

 

2010. & Mendes, C. M. Narrativa e acontecimento no caso Isabela: algumas reflexões preliminares [Narrative and event in the Isabela case: some preliminary reflections]. Revista da ANPOLL., v.29, 41-68. https://revistadaanpoll.emnuvens.com.br/revista/article/view/173

 

2010 & Schlachter, L. Recalque, rejeição, denegação: modulações subjetivas do querer, do crer e do saber [Repression, rejection, denial: subjective modulations of wanting, believing and knowing]. Ágora. Estudos em Teoria Psicanalítica ( PPGTP/UFRJ). , v.XIII, 207-227. https://www.scielo.br/j/agora/a/PqcbLtKchgfVpgHxndPdTmt/?lang=pt

 

2009 & LOPES, Ivã Carlos. Argumentação e Persuasão.Tensão entre crer e saber em “Famigerado” de Guimarães Rosa [Argumentation and Persuasion: Tension between believing and knowing in Guimarães Rosa's "Famigerado]. Alfa : Revista de Linguística (UNESP. São José do Rio Preto. Online). , v.53, 443-455 https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/2125/1743

 

2009 & Ravanello, Tiago. Linguagem como alternativa ao aspecto quantitativo em psicanálise [Language as an alternative to the quantitative aspect in psychoanalysis].  Psicologia e Sociedade, v.21, 82-88 https://www.scielo.br/j/psoc/a/PsMVsJPbJkVrBRCWvwLhjnf/?format=pdf&lang=pt

 

2008. Reflexões sobre o conceito de imanência em semiótica. Por uma espistemologia discursiva. [Reflections on the concept of immanence in semiotics. For a discursive espistemology]. CASA – Cadernos de Semiótica Aplicada (Araraquara). , v.6, 1-13 https://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/1198/987

 

2007 & Lopes, Ivã Carlos. Veridicção, Persuasão, Argumentação:Notas numa perspectiva semiótica [Veridiction, Persuasion, Argumentation: Notes from a Semiotic Perspective]. Revista todas as letras (MACKENZIE. Online). , v.9, 32-41 http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/tl/article/view/650/580

 

2006 & Farias, Iara Rosa. A formação do leitor: considerações sobre o gosto [The formation of the reader: considerations on taste]. Intercâmbio (CD-ROM). , v.XV, 1-11

 

2006 & Ravanello, Tiago. Identidade e Identificação: entre Semiotics and psicanálise [Identity and Identification: between semiotics and psychoanalysis]. Alfa – Revista de Linguística (ILCSE/UNESP). , v.50, 129-144 https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/1399/1099

 

2006. Pulsão, afeto e paixão. Psicanálise e Semiótica [Drive, affection and passion. Psychoanalysis and Semiotics]. Psicologia em Estudo, v.11, 393-400 https://www.scielo.br/j/pe/a/HhF9q5qb5spsQnWLky79fmL/?format=pdf&lang=pt

 

2006 & Ravanello, Tiago. Pulsões e suas modulações [Drive and their modulations]. Intercâmbio (CD-ROM), v.XV, 1-10.

 

2006. Sémiotique du discours onirique. Le rêve de Freud [Semiotics of dream discourse.

Freud's dream] In Langage & Inconscient. , v.2, 09-29

http://www.lambert-lucas.com/wp-content/uploads/2016/12/LIRI2_oa_tr.pdf

 

2005. O imaginário humano: entre a Semiotics and a psicanálise [The human imaginary: between semiotics and psychoanalysis]. CASA. Cadernos de Semiótica Aplicada, v.3, 1-12 https://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/607/524

 

2005. Psicanálise do sentido. Semiótica do inconsciente [Psychoanalysis of meaning. Semiotics of the unconscious]. Pulsional. Revista de Psicanálise (São Paulo). , v.184, 16-27

 

2004. O lugar de uma teoria do discurso na psicanálise (ou: um recado de Lacan) [The place of a discourse theory in psychoanalysis (or: a note from Lacan)]. CASA. Cadernos de Semiótica Aplicada. , v.2, 1-6

          https://periodicos.fclar.unesp.br/casa/article/view/613/530

 

2004. O sonho de Freud: semiótica do discurso onírico [Freud's dream: semiotics of oneiric discourse]. Psicologia USP. , v.15, 137-162 https://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/42283/45956

 

2004 & Lopes, Marcos. Psicanálise e linguística: uma relação "mal começada" [Psychoanalysis and linguistics: a relationship which has barely begun]. Pulsional. Revista de Psicanálise (São Paulo). , v.177, 28-42

 

2003. Corpo, semiose, paixão e pulsão. Semiotics and metapsicologia [Body, semiosis, passion and drive. Semiotics and metapsychology]. Perfiles Semióticos. , v.1, 43-61

 

2002. Psicanálise, Linguística e Semiótica: do sentido ao corpo [Psychoanalysis, Linguistics and Semiotics: from meaning to the body]. Psicanalítica: a revista da SPRJ. v.III, 24-47 https://linguistica.fflch.usp.br/sites/linguistica.fflch.usp.br/files/inline- files/Psican%C3%A1lise%2C%20lingu%C3%ADstica%20e%20semi%C3%B3tica.pdf

 

2001. Uma nova mente nos estudos em comunicação: a Transformática [A new mindset in communication studies: the Transformatics]. Lumina, v.3, 78-90

 

1999. O Excesso de transferência na pesquisa em psicanálise [The Excess of Transference in Psychoanalytic Research]. Psicologia. Reflexão e Crítica, v.12, 661-679 https://www.scielo.br/j/prc/a/BwbwWrtwtcN6rrwhdMHwSHM/?lang=pt

 

1999. Pesquisa e transferência em psicanálise. Lugar sem excessos. [Research and transference in psychoanalysis. Place without excess]. Psicologia. Reflexão e Crítica, v.12, 789-796. https://www.scielo.br/j/prc/a/LwfmG69YvksqJVNDMdCdjxM/?lang=pt

 

1995. O estilo em Lacan e a "estilística" pós-lacaniana [Lacan's style and post-Lacanian “stylistics”].Revista de Psicologia e Psicanálise, v.6, 33-48

 

1994. Estilo e Subjetividade [Style and Subjectivity]. Revista de Psicologia e Psicanálise. v.5, 79-90

 

1994. The Signifier In Psychoanalysis And Preterition Of The Signified.  BACAB 2A. Série Working Papers, v.1, 3-53

 

1987. Semiotics and Psicanálise-Convergências [Semiotics and Psychoanalysis- Convergences]. Linguagens - Revista da Regional Sul – N. 2. , v.02, 67-76

 

1987. Semioticas Sincreticas (O Cinema)[ Syncretic Semiotics (The Cinema)].  Significação (UTP). , v.6, 13-21

 

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